Ícone de fechar

Treinamento Baseado em Velocidade – Parte 3

Por Marcus Lima em 19 de janeiro de 2022

O artigo “Treinamento Baseado em Velocidade – Parte 3” traz mais formas, além das já descritas, de como empregar esse parâmetro no aumento da qualidade do treino físico.

O presente artigo não era dividido, optei por fazê-lo para facilitar o entendimento. Aos que não leram as duas primeiras partes, confiram:

 

Treinamento Baseado em Velocidade

– Parte 3 –

Owen Walker

 

Conteúdo

  1. Fornecimento aumentado de Feedback
  2. Autorregulação: Ajustes no Treinamento para Otimizar Cargas
  3. Identificar e Focar em Qualidades Específicas de Treinamento
  4. Conclusão
  5. Referências

 

Fornecimento aumentado de Feedback

O método de treinamento baseado em velocidade é muito direto e tem provado fornecer bons aumentos no desempenho (30-32).

Feedback aumentado se refere simplesmente ao uso dos dados de velocidade para direcionar as informações de maneira mais precisa aos indivíduos e também para impulsionar a motivação.

Em outras palavras, usar os dados para motivar o atleta e/ou fornecer outros feedbacks úteis. Por exemplo, se o preparador está monitorando o desempenho do agachamento com salto do atleta e deseja que ele “exploda” com mais potência a partir da posição de saída, ele pode desafiar o atleta a superar a velocidade das repetições anteriores.

Essa forma de feedback aumentado pode melhorar a motivação e impulsionar maiores adaptações neuromusculares. De fato, uma pesquisa mostrou que o feedback instantâneo durante agachamentos com salto (com sobrecarga) usando o treinamento baseado em velocidade pode aumentar significativamente o desempenho no salto e nos tempos de tiros de velocidade (30).

Outras pesquisas mostraram que o feedback aumentado pode aumentar a altura do salto em curto e longo prazo (31, 32). A figura abaixo dá um exemplo de melhoria de desempenho verificada com o feedback aumentado.

Treinamento Baseado em Velocidade - Parte 3: Tabela do feedback aumentado.

 

Autorregulação: Ajustes no Treinamento para Otimizar Cargas

A autorregulação foi previamente definida como uma “forma de periodização que se ajusta às adaptações dos atletas semanalmente ou diariamente” (34).

Esse método de usar o treinamento baseado em velocidade talvez seja melhor descrito quando pensamos a respeito das flutuações diárias na força muscular, como descrito anteriormente. Em virtude da força e da “prontidão” de um indivíduo variarem diariamente (figura novamente reproduzida abaixo), o treinamento baseado em velocidade permite ao profissional ajustar o treino de modo que se adapte às condições do indivíduo naquele dia.

Treinamento Baseado em Velocidade - Parte 3: Flutuações diárias de 1RM.

Por exemplo: Se um atleta chega na academia sentindo-se cansado e letárgico e seu 1RM é cerca de 15 kg mais baixo do que dois dias atrás (Como na figura acima – 2ª versus 4ª feira), então o profissional pode ajustar as cargas de treino para se ajustar ao estado de prontidão do momento. Isso assegura que o profissional obtenha o estímulo, e talvez a adaptação, que se está buscando.

Na prática:

Imagine que o atleta chega na academia e a programação dita que vai fazer um agachamento ⇒ 5 séries a 75% de 1RM.

Devido ao fato de que seu 1RM nesse dia é 15 kg mais baixo do o que o de 2 dias atrás, esse 75% pode na verdade estar perto de 85-90% do seu 1RM daquele dia. Isso pode ser a explicação do porquê os indivíduos podem estar se sentindo fortes em um dia e mais fracos em outro.

Para elaborar nisso, pesquisas mostram que a tradicional abordagem de treinamento de repetições até a falha não necessariamente leva a um maior aumento em força muscular e/ou hipertrofia (35, 36), potencialmente porque o esforço e o volume da carga total são reduzidos devido à fadiga.

(N.T: Volume da carga = carga x repetições x séries).

De fato, um estudo (37) reportou que a abordagem tradicional de treinamento usando uma velocidade autosselecionada de repetições foi menos efetiva para desenvolver força quando comparada com a abordagem baseada em velocidade, através da qual as séries eram terminadas quando a velocidade das repetições caíam abaixo de um limiar de 20%, conhecido como “velocidade de corte”.

 

Velocidade de Corte

Também conhecida como valores de parada de velocidade, são usadas para terminar/parar uma série quando a velocidade média concêntrica de uma repetição cai abaixo de um determinado valor. Especialistas sugeriram usar valores de corte de 30% no agachamento e 35% no supino (28). Isso significa que quando a velocidade de repetição do atleta cai mais do que 30% no agachamento, então a série deveria ser terminada para prevenir a realização de repetições desnecessárias, dificultando a adaptação desejada.

Existem 2 maneiras de usar velocidades de corte:

  1. O valor de corte (Ex.: 30%) é determinado baseado na velocidade da primeira repetição.
  2. O preparador físico pode pré-determinar valores de corte baseado no perfil força-velocidade do atleta.

Embora ambos sejam úteis, o primeiro é talvez mais fácil e mais acurado, uma vez que valores de corte pré-determinados, usados no segundo método, podem ser afetados por flutuações diárias e prontidão do atleta. Muitos dispositivos usados no treinamento baseado em velocidade exibem a queda de velocidade.

Sem complicar demais as coisas, você deveria ser capaz de ver como as velocidades de corte correspondem às repetições na reserva e, portanto, permite ao profissional prescrever cargas e/ou terminar a série quando um atleta tem um número definido de repetições deixadas no tanque.

Usando a tabela a seguir como exemplo (N.T: Reproduzida novamente, com modificações apenas nos pontos destacados), se um atleta está fazendo uma série de agachamentos usando 75% de seu 1RM e a velocidade média cai para 0,39 m/s, o preparador pode determinar que o atleta tem aproximadamente 2 repetições no tanque (destacado em laranja). Ser capaz de determinar quantas repetições o atleta tem no tanque permite ao profissional ajustar a carga e o volume, a fim de atingir a qualidade física desejada.

Cópia da Tabela - Velocidade média e número de repetições deixadas na reserva - com outro destaque.

Tabela adaptada das referências (5, 24).

O que atualmente não se sabe é se existe um determinado número de repetições deixadas no tanque que seja melhor para ganhos de massa muscular. É bem conhecido que o volume da carga é diretamente relacionado com aumento da hipertrofia muscular (38) e que treinar até a falha concêntrica não necessariamente é o melhor método de desenvolver a massa muscular (36).

Portanto, pode ser uma questão de quantas repetições são deixadas no tanque em combinação com o volume da carga seja o ideal para estimular ganhos de massa muscular.

 

Reduzindo os efeitos da fadiga 

O uso do treinamento baseado em velocidade para reduzir os efeitos da fadiga durante o treinamento de força é relativamente direto. É baseado no princípio de quando a fadiga se desenvolve a velocidade diminui.

“Quando a fadiga se desenvolve, a velocidade diminui.”

Em virtude disso, os profissionais podem estimar o stress metabólico e a fadiga neuromuscular. Os dois gráficos a seguir mostram como a velocidade diminui à medida que a fadiga se desenvolve. A fadiga metabólica (gráfico do acúmulo de lactato) aumenta de forma linear, enquanto a fadiga neuromuscular (gráfico da amônia) se desenvolve de modo curvilíneo (8).

Treinamento Baseado em Velocidade - Parte 3: Gráfico da perda de velocidade e indicadores de fadiga

Baseado na limitação das pesquisas, especialistas sugerem que velocidades de corte de 30% no agachamento com barra nas costas e 35% no supino podem ser usadas para limitar o stress metabólico (28).

Ao fazer isso, o profissional é capaz de otimizar o estímulo de treinamento, limitando os efeitos prejudiciais da fadiga.

Por exemplo:

O atleta está fazendo um agachamento com uma barra nas costas a 75% de 1RM, com uma velocidade média de 0,5 m/s e a velocidade cai 30% – para 0,35 m/s. O preparador pode terminar a série para prevenir qualquer acúmulo indesejado de fadiga. Presumindo que não se deseje o desenvolvimento de fadiga e que o atleta esteja realizando cada repetição com o máximo esforço.

Treinamento Baseado em Velocidade - Parte 3: Agachamento a 75% de 1RM - queda de 30% na velocidade..

Se o atleta é preguiçoso, ou por qualquer outro motivo não esteja fazendo as repetições com o máximo esforço (isto é, levantando a barra o mais rápido possível), então a informação talvez não seja precisa. Portanto, o profissional precisa observar os atletas, assim como ter um certo nível de confiança de que estejam levantando os pesos com o máximo esforço.

 

Identificar e Focar em Qualidades Específicas de Treinamento

A proliferação do treinamento baseado em velocidade tem levado ao entendimento e melhora da relação força-velocidade. Historicamente a relação entre força e velocidade tem sido demonstrada através da Curva Força-Velocidade. No entanto, é bem conhecido que as duas nem sempre interagem de maneira curvilínea como é demonstrado no gráfico (N.T: O clássico gráfico da curva força-velocidade, reproduzido abaixo).

Gráfico da curva força-velocidade.

Isso levou ao desenvolvimento do Contínuo Força muscular-Velocidade, como mostrado na tabela a seguir e originalmente apresentado como o Contínuo da Força muscular por Bosco em 1995 no Collegiate Strength and Conditioning Coaches em Salt Lake City, Estados Unidos (39). Desde sua apresentação inicial, o contínuo tem sido desenvolvido com o uso do treinamento baseado em velocidade (40).

A tabela mostra que quando as cargas se tornam mais pesadas e o percentual de 1RM se aproxima do máximo do indivíduo, a velocidade diminui. Também mostra que qualidades físicas estão sendo treinadas quando um atleta está treinando em um determinado percentual de 1RM e a velocidade correspondente.

A distinção das características no contínuo usando a velocidade do movimento tem sido uma das maiores vantagens do treinamento baseado em velocidade.

Tabela do contínuo força-velocidade.

Então, se o objetivo é desenvolver a “força absoluta” no agachamento, então se pode prescrever uma carga que equivalha a 90-100% de 1RM, ou uma onde a velocidade de execução seja por volta de 0,50 m/s ou menos.

Da mesma forma, se o foco é melhorar a “velocidade-força” a carga prescrita pode ser ao redor de 30-40% de 1RM, ou uma onde a velocidade de execução seja aproximadamente 1,3 – 1 m/s.

Embora este seja um guia útil e as velocidades possam ser vistas como “normais/típicas” para estes percentuais de 1RM, é importante entender que as velocidades, logicamente, não são completamente precisas para cada indivíduo. Elas podem diferir por várias razões, como:

  • Capacidade de força e potência musculares do indivíduo;
  • O exercício executado;
  • A precisão do dispositivo utilizado no treinamento baseado em velocidade (Ex.: Acelerômetro ou transdutor linear de posição).

Isto dito, baseado nas pesquisas atuais e na evidência empírica apresentada pelos especialistas, parece que as velocidades de cada zona não variam muito dos números apresentados aqui. Entender essas amplitudes de velocidade para uma variedade de exercícios, incluindo as capacidades de força e potência dos indivíduos sob seus cuidados, permite ao profissional identificar e colocar como objetivo diferentes qualidades específicas (Ex.: Força absoluta ou velocidade-força).

 

Conclusão

Graças ao desenvolvimento recente na tecnologia e de alguns indivíduos muito inteligentes da indústria da ciência esportiva, o treinamento baseado em velocidade evoluiu nosso campo de atuação profissional. Embora isso seja algo positivo, ele (o treino baseado em velocidade) tem um aspecto negativo, se distrai o profissional da sessão de treino em si.

Existem muitas maneiras dos profissionais incorporarem essa tecnologia dentro de sua estrutura de trabalho, é altamente recomendável que não se tornem muito fixados na tecnologia, negligenciando aspectos fundamentais do treinamento.

Alguns deles incluem:

  • Observar a execução técnica dos exercícios;
  • Feedback verbal;
  • Construção e manutenção do relacionamento com o atleta/aluno/paciente;
  • Muitas outras formas em que os dispositivos podem interferir com o papel primário do preparador físico/personal /fisioterapeuta.

Se os profissionais não ficarem distraídos pela tecnologia, então o treinamento baseado em velocidade pode adicionar um valor significativo para qualquer programa de treinamento.

 

Cursos online do Instituto Fortius.

 

Ebooks do Instituto Fortius

 

Referências

  1. Fundamentals of Special Strength-Training in Sport. Yuri V. Verkhoshansky: com: Books. 2017. Fundamentals of Special Strength-Training in Sport. Yuri V. Verkhoshansky: Amazon.com: Books. [ONLINE] Available at:https://www.amazon.com/Fundamentals-Special-Strength-Training-Sport-Verkhoshansky/dp/B000FFIT26. [Accessed 10 May 2017].
  2. com. 2017. The Training of the Weightlifter. R. A. Roman. [ONLINE] Available at:https://www.dynamicfitnessequipment.com/product-p/sp109.htm. [Accessed 10 May 2017].
  3. com. 2017. Managing the Training of Weightlifters. N. P. Laputin. [ONLINE] Available at:https://www.dynamicfitnessequipment.com/product-p/sp107.htm. [Accessed 10 May 2017].
  4. Historic Performance. 2017. Historic Performance Podcast #10 – Dr. Bryan MannHistoric Performance. [ONLINE] Available at:http://www.historicperformance.net/podcast-episodes//historic-performance-podcast-10-dr-bryan-mann. [Accessed 10 May 2017].
  5. Jovanovic M, and Flanagan EP. Researched applications of velocity based strength training. Aust. Strength Cond. 2014.
  6. The Official Site of the NCAA. 2017. Velocity Based Training | NCAA.org – The Official Site of the NCAA. [ONLINE] Available at:http://www.ncaa.org/health-and-safety/sport-science-institute/velocity-based-training. [Accessed 09 May 2017].
  7. Zourdos MC, Dolan C, Quiles JM, Klemp A, Jo E, Loenneke JP, Blanco R, Whitehurst M. Efficacy of daily 1RM training in well-trained powerlifters and weightlifters: a case series. Nutr Hosp 2016.
  8. Flanagan E. (2016) Recent trends & future directions in velocity based strength training. [ONLINE] Available at:http://www.slideshare.net/eamonnflanagan/recent-trends-future-directions-in-velocity-based-strength-training. [Accessed 05 January 2017].
  9. Dr Mike Young Advantages of Velocity Based TrainingYouTube. [ONLINE] Available at:https://www.youtube.com/watch?v=od3W495fcyg. [Accessed 09 May 2017].
  10. González-Badillo, J.J., Sánchez-Medina, L. Movement velocity as a measure of loading intensity in resistance training. International Journal of Sports Medicine, 2010.
  11. Bosquet, L., Porta-Benache, J., Blais, J. Validity of a commercial linear encoder to estimate bench press 1RM from the force-velocity relationship. Journal of Sport Science and Medicine, 2010.
  12. Banyard, HG, Nosaka, K, and Haff, GG. Reliability and validity of the load–velocity relationship to predict the 1RM back squat. J Strength Cond Res, 2017.
  13. Elliott, B.C., Wilson, G.J., & Kerr, G.K. A biomechanical analysis of the sticking region in the bench press. Medicine and Science in Sports and Exercise, 1989.
  14. Wilson GJ, Elliot BC, and Kerr GK. Bar path and force profile characteristics for maximal and submaximal loads in the bench press. International Journal of Sports Biomechanics, 1989.
  15. Turner, A.N. & Jeffreys, I. The stretch-shortening cycle: proposed mechanisms and methods for enhancement. Journal of Strength and Conditioning Research, 2010.
  16. Cronin, J.B., McNair, P.J. and Marshall, R.N. Force-velocity analysis of strength-training techniques and load: implications for training strategy and research. Journal of Strength and Conditioning Research. 2003.
  17. Jidovtseff, B., Harris, N.K.., Crielaard, J.M., Cronin, J.B. Using the load-velocity relationship for 1RM prediction. Journal of Strength and Conditioning Research. 2011.
  18. Sanchez-Medina, L., Perez, C.E., Gonzalez-Badillo, J.J. Importance of the propulsive phase in strength assessment. International Journal of Sports Medicine, 2010.
  19. Picerno et al. 1RM prediction: a novel methodology based on the force–velocity and load–velocity relationships. Eur J Appl Physiol, 2016.
  20. Loturco, I, Pereira, LA, Cal Abad, CC, Gil, S, Kitamura, K, Kobal, R, and Nakamura, FY. Using the bar-velocity to predict the maximum dynamic strength in the half-squat exercise. Int J Sports Physiol Perform, 2016.
  21. Loturco, I, Kobal, R, Moraes, JE, Kitamura, K, Cal Abad, CC, Pereira, LA, and Nakamura, FY. Predicting the maximum dynamic strength in bench press: the high precision of the bar velocity approach. J Strength Cond Res, 2017.
  22. Ripley N & McMahon JJ. Validity and Reliability of the PUSH Wearable Device to Measure Velocity and Power During Loaded Countermovement Jumps. NSCA Conference Presentation, July 2016.
  23. Sánchez-Medina L, González-Badillo JJ, Pérez CE , Pallarés JG. Velocity- and Power-Load Relationships of the Bench Pull vs. Bench Press Exercises. Int J Sports Med, 2014.
  24. Izquierdo M., Gonzalez-Badillo J.J., Häkkinen K., Ibañez J., Kraemer W.J., Altadill A., Eslava J., Gorostiaga E.M. Effect of loading on unintentional lifting velocity declines during single sets of repetitions to failure during upper and lower extremity muscle actions. International Journal of Sports Medicine, 2006.
  25. Pallares et al. Imposing a pause between the eccentric and concentric phases increases the reliability of isoinertial strength assessments. Journal of Sport Sciences, 2014.
  26. Ormsbee MJ, Carzoli J, Klemp A and Panton LB. Efficacy Of The Repetitions In Reserve-Based Rating Of Perceived Exertion For The Bench Press In Experienced And Novice Benchers. The Journal of Strength and Conditioning Research, 2019.
  27. Helms et al. RPE and Velocity Relationships for the Back Squat, Bench Press, and Deadlift in Powerlifters. Journal of Strength and Conditioning Research, 2017.
  28. PUSH / Train With Purpose. 2017. Free VBT Guide by Dan Baker [ONLINE] Available at: https://www.trainwithpush.com/3-part-vbt-guide/. [Accessed 10 May 2017].
  29. Zourdos et al. Novel resistance training-specific RPE scale measuring repetitions in reserve. Journal of Strength and Conditioning Research. 2016.
  30. Randell, AD, Cronin, JB, Keogh, JWL,Gill, ND, and Pedersen, MC. Effect of instantaneous performance feedback during 6 weeks of velocity-based resistance training on sport-specific performance tests. J Strength Cond Res, 2011.
  31. Keller M, Lauber B, Gottschalk M & Taube W. Enhanced jump performance when providing augmented feedback compared to an external or internal focus of attention. J Sports Sci. 2015.
  32. Keller, M., Lauber, B., Gehring, D., Leukel, C., & Taube, W. Jump performance and augmented feedback: Immediate benefits and long-term training effects. Human Movement Science, 2014.
  33. PUSH /Train With Purpose. 2017. An Intro to Velocity Based Training [ONLINE] Available at:https://www.trainwithpush.com/blog/an-intro-to-velocity-based-training. [Accessed 04 June 2017].
  34. Mann JB, Thyfault JP, Ivey PA, Sayers SP. The effect of auto-regulatory progressive resistance exercise vs. linear periodization on strength improvement in college athletes. Journal of Strength and Conditioning Research, 2010.
  35. Folland, JP, Irish, CS, Roberts, JC, Tarr, JE and Jones, DA. Fatigue is not a necessary stimulus for strength gains during resistance training. Br J Sports Med, 2002.
  36. Angleri V, Ugrinowitsch C, Libardi CA. Crescent pyramid and drop-set systems do not promote greater strength gains, muscle hypertrophy, and changes on muscle architecture compared with traditional resistance training in well-trained men. European Journal of Applied Physiology, 2017.
  37. Padulo, J, Mignogna, P, Mignardi, S, Tonni, F and D’Ottavio, S. Effect of different pushing speeds on bench press. Int J Sports Med, 2012.
  38. Schoenfeld BJ, Ogborn D, Krieger JW. Dose-response relationship between weekly resistance training volume and increases in muscle mass: A systematic review and meta-analysis. J Sports Sci, 2017.
  39. Morris B. Presented at Collegiate Strength & Conditioning Coaches Association, Salt Lake City, UT, 2005.
  40. Developing Explosive Athletes: Use of Velocity Based Training in Athletes: Bryan Mann: 9781540558824: com: Books. 2017. [ONLINE] Available at:https://www.amazon.com/DEVELOPING-EXPLOSIVE-ATHLETES-VELOCITY-TRAINING/dp/1540558827. [Accessed 10 May 2017].
  41. Sánchez-Medina L, González-Badillo, Pérez CE & Pallarés JG. Velocity- and Power-Load Relationships of the Bench Pull vs. Bench Press Exercises. Int J Sports Med 2014.
  42. Sanchez-Medina, L., and J. J. Gonzalez-Badillo. Velocity Loss as an Indicator of Neuromuscular Fatigue during Resistance Training. Sci. Sports Exerc, 2011.

Artigo original: Velocity Based Training.

Instituto Fortius