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A História dos Trilhos Anatômicos

Por Marcus Lima em 08 de novembro de 2016

Adaptação de uma entrevista feita com Thomas Myers, o pai dos Trilhos Anatômicos.

 

Os Trilhos Anatômicos e a Fáscia

Thomas Myers

Os Trilhos Anatômicos começaram como um jogo. Todos os livros de anatomia, naquela época como ainda hoje, mostravam a origem e inserção dos músculos e como esses músculos trabalhavam puxando aquelas duas extremidades do esqueleto.

Esta é apenas UMA coisa que os músculos fazem. A pesquisa recente tem colocado muito mais ênfase nas funções isométricas e de estabilização, na função excêntrica, ou de freio, dos músculos e mais do que isso, de que os músculos também estão inseridos em outros músculos, o que nós normalmente cortamos com o bisturi. Este é o trabalho de Huijing e Van der Wal (mais nos recursos ao final do texto).

Meu trabalho era dizer: – Bem, por que parar aqui? A fáscia é contínua com o músculo seguinte e eu queria ver a conexão através da fábrica fascial, ainda que todos os livros de anatomia estivessem escritos no estilo origem-inserção. Eu iniciei este jogo por sugestão de um artigo que James Oschman me deu, escrito por Raymond Dart, um antropologista na Africa do Sul, que também era um estudioso da Técnica de Alexander

(N.T: Em inglês: Alexander Technique, mais a respeito no link, mas em linhas gerais parece ser uma técnica holística que trabalha em cima de modificar hábitos de movimento inadequados evitando tensões musculares, mentais desnecessárias).

O artigo era a respeito do tronco, esses arranjos em dupla espiral (ver nos recursos ao final do artigo). E eu pensei novamente: – Por que parar aqui?

(N.T: Esse arranjo descrito por Raymond Dart de dupla espiral dos músculos do tronco, ilustração acima, seriam mais tarde incorporados por Thomas Myers no que ele chama de linha espiral, ilustração à esquerda. A descrição da linha espiral no livro de Myers é a seguinte:

A Linha Espiral dá a volta no corpo em uma hélice dupla, juntando cada lado do crânio, passando pela parte superior do dorso até o ombro do lado oposto, em seguida pelas costelas, cruzando-se na frente do corpo na altura da cicatriz umbilical e unindo-se ao quadril. A partir do quadril, a Linha Espiral desce como uma “correia” ao longo da parte anterolateral da coxa e da perna até o arco longitudinal medial, passando sob o pé e subindo ao longo da parte posterior externa da perna até o ísquio, passando dentro da fáscia do eretor e terminando muito próximo de onde se iniciou no crânio.

Os trechos miofasciais dessa linha espiral são: Esplênios da cabeça e cervical, rombóides maior e menor, serrátil anterior, oblíquo externo do abdome, aponeurose abdominal-linha alba, tensor da fáscia lata-trato iliotibial, tibial anterior, fibular longo, bíceps femoral, ligamento sacrotuberoso, fáscia lombossacra-eretor da coluna).

Arranjo em dupla espiral – Raymond Dart

(N.T: O mesmo arranjo em espiral aparece já na década de 70 descrito por G. Logan e w. McKinney, denominado Serape Effect, ou Efeito Serape, imagem abaixo. O termo Serape usado para denominar o que chamamos de poncho, devido à semelhança que os autores viram no arranjo espiralado com o tipo de poncho usado pelos mexicanos. Gene A. Logan, G. A., McKinney, W. C.  The Serape Effect. Journal of Health, Physical Education, Recreation, 1970).

Com meus estudantes, nós jogamos o jogo; Se você continuar seguindo uma linha, quantas conexões musculares conseguirá encontrar? Existem outras regras, eles têm de estar fascialmente conectados, eles têm de ser capazes de transmitir forças de um para outro sem barreiras de fáscia entre eles, etc. Mas logo o jogo se transformou em um sistema.

O livro Trilhos Anatômicos foi realmente um outlier inicialmente (N.T: Outlier: Termo da estatística, pode ser descrito como “fora da curva”, “fora do padrão”), mas logo tornou-se um best seller.

Nós entendemos que quando temos um problema em um nervo, que aquele nervo é parte de um sistema (N.T: Sistema nervoso) e que temos de considerar o efeito no todo. Entendemos que quando temos um hematoma, ou algum outro problema no sistema circulatório, que haverá efeitos sistêmicos.

Ainda sim, quando se procura um fisioterapeuta ou outro profissional que trabalhe no ramo e se diga: – Estou com algum problema no meu tendão de aquiles (N.T: Hoje chamado de tendão calcâneo), provavelmente o foco será somente no tendão, não vendo que ele faz parte de um sistema global.

Então eu coloquei essa ideia de que a fáscia é o 3º grande sistema auto-regulatório. O sistema nervoso é um incrível sistema auto-regulatório, e o sistema circulatório tem sido visto desde o século XVII dessa mesma maneira.

Após 500 anos de estudo de anatomia, nós ainda não temos essa imagem da fáscia como um sistema. A cada vez que vou à academia Equinox em Nova Iorque eu vejo alguém em um canto usando um foam roller no trato iliotibial.

(N.T: Foam roller, rolo de espuma numa tradução literal, embora os rolos de autoliberação miofascial sejam feitos de diversos materiais. Adaptamos um artigo do Myers sobre o tema: O Uso de Foam Rollers e a Autoliberação Miofascial). E isso realmente tem um valor limitado, e é, na realidade, bastante doloroso. Se pudéssemos ver a fáscia como parte de um sistema maior não faríamos isso provavelmente. Mas a visão predominante na mente da maioria das pessoas é que o nosso corpo é montado junto a partir de uma porção de partes, como um carro da Ford ou um computador da Dell. Vivemos em uma sociedade industrial, e pensamos em nós mesmos nesses termos. Mas na realidade é uma visão inadequada.

 

Existe muita coisa que ainda não sabemos sobre a fáscia. Eu passei os últimos 40 anos estudando isso e ainda não entendo. Alguns equívocos:

 Um, a partir do ponto de vista médico, é que a fáscia não se move. A fáscia é entendida como sendo fixa e isto é porque eles (médicos) dissecam cadáveres fixados com formaldeído. Mas em tecido humano vivo ela é bem dinâmica. (N.T: Neste link do site do Rolfing, método de trabalho manual, tem uma lista com publicações a respeito da fáscia, inclusive a respeito do papel dinâmico da fáscia: Fascia Research). Outro equívoco é a de que ela é apenas um envoltório ao redor dos músculos. Ela é muito mais. Existe um envoltório ao redor dos músculos e é chamado epimísio, significando a parte externa do músculo. No entanto, existem estruturas dentro do músculo chamadas de perimísio (N.T: Um envoltório ao redor de um conjunto de células musculares, chamado de fascículo) e endomísio (N.T: Envoltório ao redor de cada célula muscular, ou fibra muscular), todas elas possuem diferentes características.

Não trabalhamos o músculo na realidade. A mente não pensa em treino do deltóide ou bíceps. Ela pensa em termos de unidades motoras individuais (N.T: Uma unidade motora é um neurônio motor e todas as fibras musculares por ele inervadas), só no bíceps devemos ter centenas delas. Cada uma dessas unidades motoras é envolvida por fáscia, chamada de fascículos.

 A ideia de músculo é algo que criamos em virtude da forma como os separamos do corpo com o bisturi. Se você estudar anatomia com uma lâmina, vai se deparar com certas estruturas. Mas agora que podemos enxergar dentro do corpo, vemos que o corpo não é organizado dessa forma

(N.T: A imagem abaixo demonstra essa afirmação, nela podemos ver um dos Trilhos ou Linhas descritas por Thomas Myers em seu livro. À direita mostra uma dissecação do que ele descreve como “Linha Superficial Posterior dos Membros Superiores”, com as estruturas miofasciais dissecadas de maneira contínua, sem interrupções, com os elementos que a compõem nomeados).

Penso que muitas pessoas seguem a moda e saem dizendo que a fáscia faz isso ou faz aquilo, mas a realidade é que sabemos pouco. Não sabemos o quanto disso (N.T: Das mudanças promovidas pelo trabalho na fáscia) é uma mudança neurológica versus uma mudança na estrutura fascial, já que o sistema neurológico e o sistema fascial são muito interligados.

É emocionante que esta estrutura contenha todas as nossas células. Se você pensar que iniciou a vida como sendo uma única célula e proliferou para vários trilhões delas no momento em que nasceu, e para algo ao redor de 70 trilhões de células na vida adulta.

Então as suas 70 trilhões de células semi-autônomas estão cruzando ao redor do seu corpo ou ficando paradas ou fazendo seu trabalho ou passeando com o sangue e de alguma forma a coisa toda funciona.

Isso tem de funcionar biomecanicamente e tem de funcionar a cada instante. Não existe um momento em que se pode colocar para descansar. O corpo está continuamente trabalhando, o tempo inteiro, e passa por incríveis mudanças biomecânicas.

As células são mantidas juntas por um incrível sistema de fibras – por diferentes formas de mucos  e de redes mucosas embebidas por esse muco. É um ótimo sistema adaptativo.

O trabalho recente do Dr. Stephen Levin, pioneiro na ideia de tensegridade, a respeito de como a Biomecânica Newtoniana tem ficado aquém (N.T: Aquém das explicações que esse entendimento da fáscia requer).

(N.T: Tensegridade é uma ideia vinda do trabalho de Buckminster Fuller no campo da engenharia e arquitetura – imagem de uma estrutura de tensegridade abaixo. A tensegridade aplicada a organismos vivos, diz respeito ao equilíbrio entre forças de tensão e forças de compressão. Mais a respeito nos recursos ao final do texto).

Quando Einstein lançou sua Teoria da Relatividade ele não derrubou as Leis de Newton. As Leis de Newton ainda funcionam. Elas foram incluídas em um panorama muito maior.

(N.T: Para relembrarmos as “Leis de Newton”:
1ª Lei de Newton – Princípio da Inércia: “Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer em movimento.” O melhor exemplo que posso lembrar é uma freada brusca do motorista do ônibus quando você está em pé em uma lotação apinhada. Então, conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia, se alguém, ou alguma coisa aplicar nele uma força resultante diferente de zero.

2ª Lei de Newton – Princípio Fundamental da Dinâmica: A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo pela sua massa, ou seja: Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes, observamos que elas não produzem aceleração igual. Ou seja, se eu quero acelerar uma barra com pesos, a de maior massa, mais anilhas na barra, vai subir mais lentamente

3ª Lei de Newton – Princípio da Ação e Reação: “As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação.”  Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação. mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação).

Temos usado a Biomecânica Newtoniana pelos últimos 450 anos, que é basicamente o modelo das alavancas. Se voltarmos ao exemplo do bíceps: O cotovelo é o fulcro e o músculo bíceps braquial é a força de alavanca que aplica força no braço. Então falamos bastante a respeito de vetores, pares de forças, etc. Todo o livro de anatomia que você já leu é baseado neste tipo de mecânica.A dinâmica de todas estas células mantidas juntas é muito mais fluida e é melhor explicada pela matemática fractal, ou matemática do caos; a matemática da complexidade.

(N.T: Modelo matemático que tenta explicar a conduta caótica da natureza, que não parece obedecer aos modelos “lógicos”, lineares. Por ser um conceito muito complexo o inteiro significado desse modelo de explicação me escapa à compreensão atual)

Se você pensar em coisas rolando, caindo e fluindo: A dinâmica é muito mais assemelhada com isso do que com alavancas.

Isso não nega a ideia de que o cotovelo é como uma alavanca, mas se você entrar lá dentro e olhar isso não explica o movimento. Se você tivesse que explicar o balanço de um taco de beisebol simplesmente com o mecânica de Newton seria muito difícil. Pensamos em nossos nervos como fios, como fios de telefone, que ligam ou desligam o músculo, e, novamente, esse é um ponto de vista muita simplista e industrial.

Seu sistema fascial está em constante adaptação, ele se adapta muito rápido em algumas circunstâncias. Quando você se prepara para apanhar uma bola de beisebol, o líquido sinovial em suas mãos está sólido, mas no momento em que apanha a bola ele se torna bastante fluido para que possa manipulá-la.

Existe um gel – os mucopolissacarídeos ou aminoglicanos que lubrificam as coisas com quase zero fricção. Se você tem um ambiente com zero fricção, você não está sustentado o corpo unido por um único músculo de cada vez, mas considerando todo sistema.

Se imaginarmos o tecido sendo mantido junto, a primeira coisa é o tecido subcutâneo, que é bastante móvel, em qualquer direção, mas se você tentar abrir o peito de alguém, como em Indiana Jones (N.T: Indiana Jones e o Templo da Perdição, 1984 – clipe abaixo para os que quiserem recordar) vai achar bem difícil passar pela pele sem uma lâmina.

Sob o tecido cutâneo existe o tecido adiposo, ou gordura, mas sob isso está o primeiro tecido que nos mantém unidos – a fáscia profunda. Então você tem seções dentro, como em uma laranja, todas as coisas no seu interior são embrulhados em fáscia.(N.T: Myers, no livro, faz a analogia da laranja – na realidade ele usa uma toranja que é parecida com a laranja – para exemplificar nossa constituição. Aqui vai o resumo do descrito no livro, substituindo toranja por laranja:

“Uma pessoa não é diferente de uma laranja, em termos de constituição. A casca é muito parecida com a nossa própria pele – concebida para lidar com o mundo exterior. A casca interna é semelhante ao “terno de gordura” que todos nós vestimos.

Cada segmento é separado do seguinte por uma parede que vemos quando cortamos a laranja ao meio no café da manhã. Mas quando a descascamos e separamos os gomos como podemos fazer com uma laranja, percebemos que a parede que pensamos ser uma na verdade é formada de duas paredes – metade vai para cada gomo.

Os septos intermusculares são da mesma maneira. Nós frequentemente as separamos com uma faca, assim pensamos nela simplesmente como o epimísio de cada músculo…)

Quando você começa a considerar isso como um sistema, começa a perceber esta ideia diferente de que ossos flutuam em um mar de tecidos moles. Seu cérebro não organiza o movimento em termos de partes, isso é responsabilidade de todo corpo (quando você se move para apanhar a bola).

Tensegridade é o equilíbrio do corpo determinado pela tensão dos tecidos moles. Em outras palavras, se você deseja reposicionar os ossos você precisa trabalhar os tecidos moles.

Agora todos concordam que nenhuma manipulação óssea irá permanecer a menos que se trabalhe nos tecidos moles, isso mudou completamente desde que iniciei a trabalhar nesta área.

Se eu faço um maravilhoso trabalho em alguém em uma sessão, e ele retorna na sessão seguinte do mesmo jeito que antes da primeira sessão, então o meu trabalho não se sustentou. Então precisamos considerar uma mudança de hábitos.

Os profissionais da educação física estão na linha de frente no cuidado da saúde nestes dias, assim como os profissionais da terapia manual (N.T: Incluídos nesse contexto os fisioterapeutas).

As pessoas vêm até eles fazendo todo tipo de questionamentos. Estamos buscando uma abordagem diferente para o sistema de saúde para os próximos 20, 30 anos a medida que nosso sistema de saúde muda. Não creio que esse sistema (N.T: Nos moldes atuais) vá sobreviver esse tempo todo.

O que chamamos de “Sistema de Saúde” é um “Sistema de Doença”, não saúde. E nós temos um monte de pessoas em nossa sociedade que necessitam desse sistema de doença, elas têm uma porção de doenças que o trabalho corporal não irá curar.

Os profissionais da educação física, terapeutas manuais, fisioterapeutas, instrutores de yoga, etc. estão na linha de frente do sistema de saúde e as pessoas estão se voltando para eles para o cuidado de sua SAÚDE e todo esse pessoal (N.T: Os profissionais que lidam com saúde) precisa ter mais conhecimento.

 

Alfabetização Cinestésica

Temos uma ideia a respeito do que seja Quociente de Inteligência e como medir isso com testes. Com a ajuda de Daniel Goleman e o surgimento do feminino na nossa cultura, estamos tendo uma ideia do que seja Inteligência Emocional. Nós realmente temos que definir IC – Inteligência Cinestésica.

Na sociedade moderna as pessoas quase não necessitam mais fazer trabalho físico. Meus amigos europeus me dizem que o norteamericano é alguém que dirige sua caminhonete ao redor da quadra até que consiga uma vaga de estacionamento próximo da academia.

Então vamos para algum lugar para nos exercitarmos, e isso me incomoda. Deveríamos ter uma vida que envolvesse nossos corpos completamente. Mas não temos. Temos escravos de energia – coisas trabalhando para nós por aí na forma de interruptores de luz, e carros novos.

Eu não preciso mais levantar a tampa do porta malas do meu carro, então essa é mais uma situação em que eu não preciso mais usar meus músculos. E as crianças estão muito focadas a 40 cm de distância de suas telas.

A medida que evoluímos de uma sociedade industrial para uma sociedade eletrônica, precisamos definir a Alfabetização Cinestésica:

  • O que as crianças precisam saber?
  • O que as pessoas mais velhas precisam saber?
  • Quais são os movimentos que eles deveriam saber?

A educação física não nos dá uma ideia de como ser competente dentro do corpo. Precisamos educar as crianças desta geração ou elas terão problemas mentais em virtude de questões físicas.

Nós ainda nem mapeamos isso. Nem ao menos sabemos qual a é topologia do movimento.

Várias das intuições que temos a respeito das pessoas está vindo do nosso eu cinestésico. Coisas que chamamos de “palpites” eu creio que sejam baseadas no corpo.

Eu realmente me interesso em saber como um óvulo cresce e se torna 70 trilhões de células no adulto (Referência ao final do texto: The Inner Life of a Cell animation by XVIVO. Eles têm mostrado a biomecânica dentro da célula). 

Todos nós estamos interessados no que está acontecendo entre as células que permite que elas sejam perfundidas (N.T: Perfusão seria a entrada lenta e contínua no organismo, em uma célula, etc.). Eu quero saber como isso funciona, porque se soubermos como funciona podemos fazer com que cada célula do corpo funcione melhor (N.T: Abaixo um vídeo que mostra todo o processo, narrado em inglês).

A fáscia puxando as células pode na verdade mudar como as células se expressam, mudando como os genes trabalham, muda a epigenética, determina o que fica ligado, este é um negócio novo.

Podemos promover mudanças fisiológicas com o trabalho corporal. Não é apenas “criar mais espaço para as costelas” (N.T: Referindo-se ao trabalho manual na região), você está criando mais espaço para as células fazerem seu trabalho.

 

Tema de Casa

Saia para caminhar, correr, nadar, pratique ioga…. qualquer movimento que faça você melhor “internamente”, e quando estiver na prática, qualquer que seja, pense em você como uma coleção de partes e veja se consegue pensar em sim mesmo como 70 trilhões de células que são mantidas juntas. Células que estão rolando, caindo, fluindo….

Isso não é a respeito de mudar padrões de movimento (N.T: Ao pensar dessa forma), mas para ver se esta pequena mudança mental muda a experiência de sua prática.

 

 

Anatomia Palpatória e Liberação Miofascial - Curso Online


Recursos:

Anatomy Trains website

Anatomy Trains book, now in its 3rd edition

Kinesis Myofascial Integration, Tom Myer’s school for Structural Integration which holds trainings worldwide

Huijing: Muscle as a Collagen Fiber Reinforced Composite: A Review of Force Transmission In Muscle and Whole Limb

van der Wal: The Architecture of the Connective Tissue in the Musculoskeletal System- An Often Overlooked Functional Parameter as to Proprioception in the the Locomotor Apparatus

Raymond Dart: The Double Spiral Arrangement of the Human Trunk

Dr. Stephen Levin’s resources on Biotensegrity

Daniel Goleman Emotional Intelligence

The Inner Life of a Cell- animation of cell biomechanics by XVIVO and for Harvard


Link original: http://www.liberatedbody.com/tom-myers-lbp-011/

Instituto Fortius