A cabeça curta do bíceps femoral está mais longe de ser um verdadeiro isquiotibial do que o músculo plantar!
Eu considero a cabeça curta como sendo o maior compensador da verdadeira função dos isquiotibiais. Este músculo cruza uma articulação, diferente dos verdadeiros isquiotibiais. Com uma inervação diferente e uma articulação a menos para cruzar, ele pode bagunçar a mecânica de todo o conjunto dos isquiotibiais.
Em cadáveres, o parte superior da porção isquiotibial do adutor magno, termina onde começa a cabeça curta do bíceps.
Quando eu vi isso, eu sabia que eles precisavam agir em conjunto como um verdadeiro isquiotibial. Mas, como diz meu amigo Jason Kapnick: – Coisas que são inervadas juntas, contraem juntas.
E a cabeça curta do bíceps femoral é inervada de forma diferente do resto da cadeia posterior, abaixo da região glútea.
Portanto, esse músculo deveria ser avaliado de maneira diferente do resto dos isquiotibiais.
A cabeça curta se insere na linha áspera do fêmur, e é separado do vasto lateral por um septo intermuscular. Este septo pode se tornar tão sensível ao toque que já vi pacientes praticamente pularem da maca. Quando isso é mal interpretado, como sendo “Síndrome do Trato Iliotibial”, explico que existe muito mais na anatomia da região do que o trato iliotibial.
A cabeça curta do bíceps precisa ser avaliada naqueles que não conseguem a extensão completa do joelho. Ainda mais importante, a cabeça curta pode comprometer a extensão completa do quadril.
A cabeça curta se junta à cabeça longa do bíceps femoral (um verdadeiro isquiotibial) algumas polegadas acima dos côndilos do fêmur. Se a cabeça curta estiver facilitada (N.T: Hiperativa), seu esforço em exercer tensão no fêmur pode comprometer a mecânica da cabeça longa do bíceps femoral no quadril.
Este músculo também pode comprometer as fases de balanço e do primeiro contato do pé no solo no ciclo da marcha, onde o músculo precisa contrair excentricamente para oferecer suporte a essas fases (N.T: Funcionando como um freio).